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Edição de: 02/04/2003

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Quinta-feira, 3 de abril de 2003


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Produção nacional equipara-se à da Índia

Fabiana Pio

 


O Brasil é o sétimo mercado de software do mundo com vendas superiores a US$ 7,7 bilhões em 2001, rivalizando com países tradicionalmente conhecidos nesse segmento como a Índia com US$ 8,2 bilhões e a China, US$ 7,9 bilhões. No entanto, as exportações brasileiras não ultrapassaram US$ 100 milhões em 2001. Já a Índia exportou nesse segmento US$ 4 bilhões e a China US$ 400 milhões, segundo pesquisa da Sociedade para Promoção de Excelência do Software Brasileiro (Softex), que selecionou 57 empresas.

“ A Índia é referência mundial na área de software e a China, em componentes. Já o Brasil poderia se destacar como desenvolvedor de tecnologia em Linux, principal fator que impulsionou o crescimento da Cyclades ”, diz Rodolfo Gobbi, diretor de operações da Cyclades no Brasil.

Cyclades

De acordo com Gobbi, a Cyclades foi a primeira empresa no mundo, em 1993, a desenvolver placa de comunicação de dados baseada em Linux. E começou a conquistar grandes clientes e crescer cerca de 35% ao ano após ter desenvolvido um software em Linux para gerenciamento de data centers. embarcado em equipamentos fabricados pela própria empresa. Com isso, houve uma redução de 25% a 30% no preço da solução. “Temos hoje clientes como Yahoo , Google e Deustche Bank , e somos referência mundial dessa tecnologia”, diz executivo da Cyclades.

Fundada em 1989 por dois engenheiros brasileiros formados na Universidade de Campinas e Universidade de São Paulo, a Cyclades tem atualmente sua matriz localizada na Califórnia, no Vale do Silício. O Brasil passou a ser uma das 12 filiais da empresa, localizadas em países como Japão, Inglaterra, Alemanha, Itália, França, Espanha, entre outros.

A Cyclades faturou US$ 25 milhões em 2002. Desse valor, 3/4 referem-se a produtos da empresa comercializados fora do País e 1/4 da filial brasileira.

Qualidade

Para Dawson de Oliveira, sócio diretor da brasileira Siscorp , a Índia é grande exportadora de software porque a maioria das empresas detém nível 5 do certificado Capability Maturity Model (CMM), essencial para o comércio internacional. “Para uma empresa começar a obter esse certificado, ela precisaria investir pelo menos US$ 200 mil, além de ter funcionários fluentes na língua inglesa. Isso inviabilizaria a produção nacional de muitas empresas, maioria de menor porte”, diz o executivo Oliveira.

Já Gobbi acredita que o desenvolvimento de soluções em Linux dispensa a necessidade desse certificado, por ser uma solução já bem desenvolvida, e conhecida mundialmente.

No entanto, segundo a pesquisa, a “indústria brasileira de software alicerça-se sobretudo na flexibilidade e criatividade das empresas”.

“Detemos o nosso próprio modelo de qualidade. Ao implantarmos a Fábrica de Software, crescemos 40%”, diz Oliveira.

Segundo o executivo, a empresa investiu no ano passado US$ 150 mil para implantar a Fábrica de Software. “Antes registrávamos prejuízos ao refazer projetos, por falta de especificação do cliente. Com a fábrica, o cliente é obrigado a detalhá-lo e pode acompanhar o trabalho pela Internet. Com isso, conquistamos grandes clientes como Peugeot/Critöen e reduzimos custos”, diz Oliveira.

A brasileira Siscorp atua há dez anos no mercado e desenvolve soluções de gestão principalmente para as seguradoras. Entre elas estão AGF Brasil, Reliance e Zuriq. A empresa faturou US$ 6 milhões no ano passado e espera obter uma receita de US$ 8 milhões neste ano.

Microsiga

Segundo a pesquisa, as empresas brasileiras de software destacam-se nos setores financeiros, governamental, e-business, gestão empresarial (ERP) para as pequenas e médias empresas e fábricas de software.

No segmento de gestão empresarial, a Microsiga é líder no País. Segundo Cláudio Bessa, diretor de marketing e alianças da empresa, a Microsiga detém 62,7 no segmento de empresas médias, e 13,9% nas de maior porte. O mercado total de soluções para gestão empresarial está avaliado em US$ 686, 7 milhões. Desse valor, 11,9% referem-se às médias empresas e 7,9% às grandes.

Há 20 anos no mercado, a Microsiga está sediada em São Paulo e atua por meio de franquias nas outras regiões do Brasil e nos países da América Latina.

A empresa tem hoje 44 franquias no País e 10 na América Latina. A empresa investe por ano cerca de R$ 15 milhões em pesquisa e desenvolvimento, e faturou R$ 230 milhões no ano passado. Desse valor, o mercado externo representou 7% da receita e deve chegar a 9% em 2003. O México foi o país de maior destaque para a Microsiga em 2002 e deverá ser em 2003 o principal alvo de investimentos.



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